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Pintura de António Moro |
O PRÍNCIPE JOÃO MANUEL
A Diabetes e a História
Professor Nicolau Firmino |
Transcrevo dois epitáfios feitos por Manoel de Cabedo, impressos nas "Obras de André de Rezende da impressão de Roma".
Epitáfios
Este túmulo contém o defensor dos Lusitanos
E a sepulta esperança da nossa liberdade.
Aqui jaz a preclara descendência do egrégio João,
O ilustre sobrinho e genro do grande Rei.
Mal completara o décimo sexto ano de idade,
Apenas transpusera os tempos da puberdade,
A cruel morte (lhe) lançou a mão, e de repente de um tão grande
Príncipe privou os infelizes Lusíadas.
Aqui jaz aquele Príncipe da Lusitânia
O grande João, outrora única esperança
E sustentáculo da muito grande e decadente Pátria.
Aqui aquele que já então a Africa temia,
E longe as largas embocaduras do vasto Ganges.
Aqui aquele genro e sobrinho do grande César.
Única querida descendência do muito Grande João.
Visto que vivera dezasseis anos
Agradável e piedoso para com todos, oh dor!
Vivera certamente no tempo em deveu, então faleceu.
Porém jazendo debaixo da terra, não chora a Esposa
Dulcíssima, não os cetros a si devidos,
Não os Reinos, não as grandes riquezas, mas a Pátria
Abandonada em tão grande perigo.
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